quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fantasma

Você me dizia milhões de mentiras como se pudesse me enganar. Eu ria da sua cara por não me fazer mais de bobo. Eu não ia ouvir mais as suas histórias de sempre ficar com um e depois ser trocado, não era a minha obrigação, não era o que eu queria ouvir. Então eu te pus pra fora da minha casa, e fechei a porta na sua cara, porque achei que assim você não voltaria pra me atormentar com as mesmas histórias da semana passada. Mas você era como um fantasma que ia e vinha, nunca deixava o seu lugar. E o seu lugar, era a minha cama. O seu cheiro ainda não saia de lá e você não deixava aquele canto que tinha no criado-mudo, iluminado pela pouca luz do abajur, o retrato que tiramos quando fomos juntos pra Maranhão.
Tínhamos feito viagens, e muito mais que isso, planos. Só que você voltava toda a vez que saia pra me contar uma nova história de como precisava me deixar, e eu já sabia de cor e de longe todas as suas histórias. A sua imaginação era muito pobre até pra mentir, você era péssimo no que fazia. Ainda com todos os sinais insistiu em algo que não prestava. Então eu te colocava de volta pro lado de fora, e batia a porta na sua cara. Voltava pra qualquer lugar que não fosse a minha cama, cruzava os dedos esperando que dessa vez você fosse mesmo. Ou que ao menos, me voltasse com uma história diferente daquelas que eu já estava cansado de ouvir. No entanto, eu já não sentia mais esperança alguma. Pequena que fosse. Pra acreditar que você voltaria e me daria razão pra lutar não contra aquilo que eu estava sentindo, e correr pro teu abraço onde sempre foi o meu lugar.

Um comentário:

  1. opa. eu tenho sustos de escritora e por sinal eu moro aqui em sao luis \ maranhão. hehehe. sou te seguir pra dar uma força , já que sou a primeira. abraços e espero sua visita.

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